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Lesões cancerizáveis

Nós, cirurgiões dentistas temos que além das práticas clínicas também estar aptos a identificar e saber quais as lesões bucais com potencial de transformação maligna, que é um tema recorrente em provas de Concursos de Odonto.

Entende-se por lesões pré-cancerosas, o tecido benigno que morfologicamente alterado pode apresentar um risco maior que o normal de malignização. Podemos citar como as mais cobradas pelas bancas em provas de concursos na área de odontologia: a leucoplasia, eritroplasia e a queilite actnínica. Sendo inclusas nessa lista também, a leucoplasia verrucosa proliferativa e a fibrose submucosa.

As leucoplasias são placas brancas ou cinzas que acometem a mucosa oral e faringe. A grande maioria das manchas de leucoplasia são benignas, porém algumas mostram sinais mais preocupantes, indicando uma maior tendência a transformação. É muito importante a realização de biópsia das leucoplasias, intepretar o resultado, pois ao saber se a mesma encontra-se com displasia discreta, severa ou moderada é o que vai apontar se esta lesão está mais próxima de uma lesão maligna ou não. Autores recomendam a remoção da lesão, mesmo que seja uma displasia leve. As manchas não são removidas por raspagem, para a maioria das pessoas, a interrupção do uso de tabaco ou álcool pode fazer com que haja regressão da lesão.

A eritroplasia são manchas com áreas vermelhas, que podem atingir também a faringe além da mucosa oral, e que não pode ser associada a nenhuma outra afecção da boca, como queimadura, abrasão ou trauma. Essa condição é uma lesão bucal menos comum que a leucoplasia e que tem maior chance de transformação maligna. As causas mais frequentes de leucoplasia e eritroplasia são fumar ou mascar tabaco, mas em muitos casos não é encontrado um fator etiológico.

A leucoplasia verrucosa proliferativa é caracterizada pelo desenvolvimento de múltiplas placas ceratóticas com projeções de superfície ásperas, e a medida que as lesões progridem, podem desenvolver alterações displásicas que se transformam em carcinoma de células escamosas. A LVP, acomete mais as mulheres, mais velhas, e tem pouca correlação com cigarros, diferente de outras leucoplasias orais. O paciente acometido por essas lesões podem aprentá-las em diversas regiões da boca, de crescimento lento e persistente, e de potencial cancerizável (normalmente em um período de 8 anos de desenvolvimento da lesão). É necessário acompanhamento, proservação e em caso de lesões muito extensas e espessas a intervenção cirúrgica.

A fibrose submucosa também é citada dentro das lesões potencialmente malignas, e se trata de uma doença crônica potencialmente maligna, comumente associada ao hábito de mascar noz de areca, um hábito milenar em povos de origem asiática, principalmente na Índia. Além da mucosa oral, o distúrbio fibrosante pode acometer outras partes da cavidade oral ou até mesmo a faringe. Apresenta-se na forma de uma cicatriz de alto risco na mucosa bucal, com característica a rigidez da mucosa em intensidade variável, e principalmente a inflexibilidade da região que acaba perdendo alguns movimentos. Caso a língua esteja envolvida, é possível que ela perca um pouco da mobilidade, diminua de tamanho e fique sem papilas. Em situações mais graves, o paciente pode desenvolver xerostomia ou até mesmo ter os maxilares imóveis.

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