O tema sífilis é muito recorrente nas bancas de concursos de odontologia, sabendo disso o
cirurgião dentista precisa estar familiarizado com suas possíveis lesões bucais orais. Você lembra
de todas as características da sífilis?

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível, doença de origem bacteriana (Treponema
pallidum), no geral tratada com a benzetacil.

Na sífilis primária encontramos o cancro; sífilis
secundária, a placa mucosa, e na terciária, goma sifilítica ou goma mucosa. A lesão de cancro
costuma ter o centro ulcerado, porém assintomática, o que acaba fazendo com que muitos
pacientes não procurem atendimento nessa fase primária da doença.

O Treponema pallidum estará circulante na corrente linfática principalmente e as lesões de cancro vão regredir espontaneamente, mesmo sem nenhum tratamento. Ocorrendo posteriormente na fase secundária, a formação das lesões conhecidas como placas mucosas, que podem ser ulceradas e recobertas por membrana acinzentada. Estas lesões da sífilis secundária, se não tratadas podem regredir espontaneamente, e após um longo período de latência da infecção, pode vir a desenvolver as lesões terciárias, conhecidas como goma.

Temos outra forma da doença, a sífilis congênita, que também possui características
evidentes na cavidade bucal, a clássica tríade de Hutchinson, que inclui dentes de Hutchinson
(molares em amora e incisivos em forma de chave de fenda), ceratite ocular intersticial e surdez.

Obviamente, o feto que nasce com sífilis congênita dependendo da concentração de
microrganismos que recebeu da mãe, pode desenvolver mais ou menos sinais da sífilis congênita.

A sífilis congênita pode apresentar outros fenômenos como hipertelorismo, nariz em sela e costelas
bífidas.